Trecho do capitulo Noite No Cemitério.

Em seu quarto Esmeralda vai correndo para seu computador. Já estava na hora de mandar um email para sua melhor amiga Anna, que ficou na sua cidade natal. Mas o que falar? Por onde começar? Ela não teria a menor idéia.

Tentou escrever algo rápido, mas não conseguiria! Anna era sua confidente quando moravam perto uma da outra, ambas compartilhavam tudo, e a todo o momento. Esmeralda não teria coragem de mentir para a amiga. Era péssima em mentir.

Então tentou assim;

De: Esmel22@gmail.com

Para: AnnaKm@hotmail.com

Assunto: Nova casa

“Querida Anna, mil perdões por não te escrever esse tempo, em que viajei. Tanta coisa aconteceu. Não sei por onde começar! No momento só quero te dizer que estou bem, e a cidade/interior é legalzinha. Fiz novos amigos, mas nenhum se compara a vocês. Sinto muito a sua falta e da turma, dos nossos dias na escola, e das nossas conversas e das nossas zuações. Breve darei novidades sobre mim, e prometo entrar mais vezes no Facebook.”

Bjss da sua melhor amiga S2

Parecia pouco, mas era o que Esmeralda poderia dizer a sua amiga no momento. Bastava agora enviar o email. Alguns cliques e pronto! - Email enviado com sucesso.

Trecho do Livro "Evitando o Amor" - Sangue & Esmeraldas

Já era dia. Mais um longo dia na Brasílica, e Esmeralda ainda se recuperava  da noite turbulenta no cemitério. Dessa vez ela não quis ir com Calisto para escola, ela decidiu ir no ônibus escolar. Sentou nos ultimo bancos do automóvel evitando “os olhares famintos” dos alunos que a encaravam e cochichavam. Esmeralda não queria ser conhecida como o novo “brinquedo” de Calisto, e nem gostaria da ajuda dele para sobreviver no colégio, por isso saiu do condomínio Novo Lar sem que ele percebesse.

Dentro do ônibus a garota relia o livro que suas amigas da escola anterior lhe deram de presente – Crepúsculo – era a única forma de sentir-se próxima as suas irmãs de consideração.

Chegando á Brasílica Esmeralda é a ultima a sair do ônibus, ela avista Rafael caminhado em direção a entrada do colégio, algo dentro dela grita para saber a verdade sobre á noite passada, algo estaria estranho demais na versão que ele contou. Ela caminhava decidida ao encontro de Rafael, até que alguém pegou em seu braço. Era Calisto.

- Por que não me esperou? – Disse ele franzino.

- Não queria te incomodar – Esmeralda tenta explicar-se, mas as palavras trai sua língua, e seu coração falha.