sexta-feira, 29 de maio de 2015

Então eu entrei no Sobrado...

O Sobrado da Rua Velha (Jeremias Soares): Sabe, quando você tem um livro em mente, mas parece que nunca vai conseguir ler ele, pois sempre há outros livros pra ler? Então você fica deixando pra última hora e tudo mais...? Pois, bem... Foi o que aconteceu comigo e com o tão aguardado livro "O Sobrado da Rua Velha". Primeiro livro do autor de terror, Jeremias Soares. Eu entrevistei o Jeremias no ano passado e, somente, nesse ano eu tive a oportunidade de ler sua obra. Ainda me pergunto: "porque demorei tanto pra ler esse livro?!"
O livro narra a estória da família Selbach: Joel (o marido), Cristina (a esposa), Juliana (a filha mais velha), Pedro (filho mais novo) e Adriana (a filha mais nova). Uma comum e conceituada familia que mora em Porto Alegre e que convive com a rotina agitada de uma cidade grande. Então todos decidem mudar de ambiente. Morar em um local mais calmo seria a melhor alternativa. Joel decide levar sua família para morar em um sobrado antigo que pertencia a sua irmã e o esposo dela. Até ai, tudo bem se sua irmã não estivesse morta e o motivo do óbito fosse desconhecido. Porém, não havia dúvidas para a família que Cinara e seu marido Orlando tinham cometido suicídio em uma estrada, quando o carro dos mesmos jogou-se contra um caminhão, em alta velocidade. Matando os dois na hora. Os parentes também acreditavam que o sobrado era o responsável pela loucura do casal e a destruição da família de Cínara. Joel não acreditava nisso e por isso decidiu mudar-se para o antigo casarão, levando sua esposa e filhos, junto com seu sobrinho Sam, filho e único sobrevivente da família de sua irmã morta. 
A mudança ocorreu e todos não imaginavam o quanto essa mudança seria ruim para todos.
A narrativa de Jeremias nos faz ficar mais próximos dos personagens, sabendo como vão agir nas cenas e como vão escapar de determinadas tormentas. Nos faz ter compaixão e raiva, e nos mete medo - muito medo!
Jeremias soube escrever uma estória de terror em território brasileiro, com uma sábia sensibilidade e um toque de pura cultura gaúcha. Algo que acho admirável, pois é o que somos! Somos brasileiros. Isso é literatura nacional!  Pôr elementos nacionais em um gênero tão exigente como o terror é algo corajoso e plausível.
Eu, particularmente, me assustei e me arrependi por ter lido o livro nas madrugadas. Sim, eu me sentia observado da mesma forma que os personagens eram observados no casarão. Eu não tenho dúvidas que entrei no Sobrado... Só que eu consegui sair.

Vocês podem entrar em contato com autor e pedir um exemplar através do email: jeremias.soares@outlook.com

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Então eu li, Halo...

O que falar da série "Halo"? Bom, não faz muito tempo que comentei sobre o livro "Halo" no meu portal do Youtube. Essa série foi "paquerada" por mim faz um bom tempo, mas somente esse ano eu tive a oportunidade de ler a mesma. Halo me surpreendeu pela doçura e inocência da personagem "Bethany", no início da saga. Isso me impressionou, pois hoje em dia é difícil ver tamanha "angelicalidade" nos "anjos atuais" nos livros modernos. Todos os personagens desse tipo de gênero parecem ser revoltados e zangados com "Deus" por algum motivo... São sedutores e atraentes... "Halo" me mostrou um lado diferente dos anjos na literatura atual. Algo que estava perdido.

O primeiro livro fala basicamente da vida, e do romance com um humano - Xavier Woods -, de Bethany, ou simplesmente Beth, como é mais chamada. Quem procura adrenalina no primeiro livro, não vai encontrar. Tudo se baseia na vida humana de Beth e seus irmãos - Ivy e Gabriel -, onde estão em uma missão para apaziguar as coisas naquela cidade. Eles decidem se infiltrar com a humanidade. Disfarçados. Bethany é a caçula dos irmãos, então vai estudar na escola da cidade. Seu irmão Gabriel decide ser um dos professores da escola, onde ensina música. Ivy ficara nas redondezas do bairro, ajudando as pessoas.  Tudo parecia normal, até Bethany se apaixonar por Xavier, um garoto bem popular do colégio. Logo essa paixão é correspondida e os dois iniciam um romance. Um novo. personagem aparece, Jake. Um demônio disfarçado de humano e o mesmo faz com que o romance entre Beth e Xavier fique difícil. Eles terão que deter o vilão. Resumindo... Eu me apaixonei pela simplicidade e sensibilidade do primeiro livro.

Já em "Hades", segundo volume da saga, confesso que não gostei da ideia de Bethany ter um contato maior com Jake, pois o mesmo captura a mocinha para o submundo do inferno, contudo você acaba se acostumando com Jake e o compreende. A escritora Alexandra Adornetto criou um inferno bem diferente do convencional, fazendo com que eu franzisse o cenho várias vezes... Não é nada do que a gente leu na Bíblia, porém á de se perdoar... Eu li alguns comentários das pessoas que leram "Hades" e as mesmas diziam o quão foi ruim a ideia desse "novo inferno" que Adornetto criou. Eu particularmente perdoei a escritora, afinal essa é a magia da literatura. Criar novos mundos. "Hades" se tornou interessante pra mim na metade do livro, onde não parei mais de ler. Gostei muito.

O ultimo livro "Heaven" me fez acreditar que seria lindo e perfeito, pois os personagens estavam em harmônia, contudo eu sabia que a separação de Bethany e Xavier estava. próxima, afinal ela é um anjo e ele um humano. Sabia que a escritora iria criar algo para manter eles unidos, mas particularmente, não gostei da ideia dela. A estória tomou rumos muito sinistros e com bastante informação para o leitor. Havia momentos em que eu demorava para crer no que estava acontecendo...  senti dificuldades em ler "Heaven" e não gostei disso. O final ainda deixou um gosto de quero mais e não "saciou" a minha expectativa.

No geral, Halo foi uma saga legal. Apesar de altos e baixos. Eu gostei.