terça-feira, 19 de novembro de 2013

Entrevista com Maud Epascolato

Hoje irei postar a entrevista que tive com uma escritora super gente boa.  Estou falando de Maud Epascolato, autora de “Medo do Escuro”.


Conheci Maud por acaso, em uma de minhas pesquisas na internet sobre novos autores... Vasculhei bem o Google e lá estava ela. Não pensei duas vezes e pedi solicitação de amizade. Não demorou muito e Maud já estava na minha lista de amigos. Meu interesse no projeto dela foi justamente o gênero de suspense – Vocês sabem que estou escrevendo um livro de terror, certo? - Daí, adicionei ela para saber os conselhos que ela poderia me dar, pois só estava escrevendo textos românticos e não saberia se eu seria um bom autor de textos de suspense/terror. Conversamos bastante e logo virei fã de Maud. Não demorou muito e já fui perguntando se ela me daria uma entrevista para o blog, qualquer dia desses, e ela aceitou. Enfim... Tô muito feliz com essa entrevista e antes de começar irei contar o que descobri sobre essa grande autora.


Maud Epascolato nasceu em Maio de 1979 no Rio de Janeiro, foi criada no município de Angra dos Reis. Começou a escrever aos 14 anos, depois de ler seu primeiro livro “O Assassino de Roger Ackroyd”, de Agatha Christie. Depois desse livro, não parou de ler livros do gênero suspense e literatura fantástica. Atualmente Maud publicou seu livro “Medo do Escuro e outras historias” na editora MODO. 

Confira essa super entrevista!

S&E: O que te levou a escrever Medo do Escuro?

Maud: Eu lia muitos contos na época (meados de 1998) e me apaixonei pelas narrativas curtas (principalmente Allan Poe e Lovecraft). Era uma diversão criar aquelas histórias e vê-las terminadas de forma tão rápida. Dessa forma, reuni num livro alguns contos com a mesma temática, e assim nasceu “Medo do Escuro e outras histórias”.

S&E: Medo do Escuro é sua primeira obra, certo? Você teve alguma inspiração para escrevê-lo?

Maud: É minha primeira obra publicada, mas a terceira escrita. A inspiração veio de sonhos, de situações que aconteceram comigo. Outros contos vieram da imaginação mesmo. A inspiração pode estar em qualquer lugar. Normalmente começa com uma imagem na minha mente, e desenvolvo a história até chegar nessa imagem.

S&E: Em sua opinião, a literatura brasileira tem bons escritores desse gênero? Quais autores você nos indicaria?

Maud: Não costumo ler autores nacionais desse gênero. Sei que o André Vianco escreve terror, focado em vampiros. Mas o terror/suspense não tem muita representação no Brasil, acho. No momento, só o André Vianco me vem à memória. Há alguns que estão surgindo agora ou que fazem parte de antologias, mas eu não saberia dizer se pretendem seguir terror. Um que conheço e sei que é muito bom é o Gabriel Réquiem, que está para publicar sua primeira obra. Esse eu já li e recomendo.

S&E: Quando se interessou em escrever?

Maud: Depois que li minha primeira história de ficção. Eu já escrevia poemas e cheguei a escrever uma história infantil, mas não pensava em ser escritora ainda. Aos 14 anos, li meu primeiro livro de ficção e resolvi que queria fazer aquilo também: escrever livros.

S&E: Por que escolheu o gênero terror/suspense?

Maud: Por gostar do gênero, por me identificar com ele. O escritor deve escrever aquilo que gosta, aquilo que acha que pode desenvolver com mais facilidade e com mais ânimo.

S&E: Quais seus escritores favoritos?

Maud: Estrangeiros gosto de Allan Poe, Agatha Christie, Lovecraft, Carlos Ruiz Zafón, Stephen King, Dean Koontz, Paul Auster, John Verdon, Dan Brown, e muitos outros.
Autores nacionais gosto de Robson Gundim, Gabriel Réquiem, Lucas Odersvänk, Fábio Abreu, Raul Zambello, Raphael Montes, Décio Gomes, Fabiana Cardoso, Edson Gomes, dentre outros. Alguns desses ainda não publicaram, mas possuem textos maravilhosos. Temos muitos autores bons.

S&E: Quais os livros que marcaram sua vida?

Maud: O livro que marcou minha vida foi “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde. Li aos 16 anos e fiquei apaixonada pelos personagens, pela narrativa e pela história. Outro que me marcou foi “O assassinato de Roger Ackroyd”, da Agatha Christie, por ter sido o primeiro livro de ficção que li e por ter me levado a querer ser uma escritora.

S&E: Foi difícil conseguir uma editora para publicar sua obra?

Maud: Não. Não enviei minha obra para nenhuma editora. Enviei para a Adriana Vargas realizar o beta reader, sem imaginar que seria convidada para publicação. A Editora Modo não publicava antologia de contos e fiquei surpresa com o convite.

S&E: O que te faz ter inspiração?

Maud: Qualquer coisa pode inspirar um escritor: uma história, uma música, uma cena de filme, um objeto, uma pessoa, uma característica, uma cena do cotidiano, um sonho. Mas para surgir uma ideia, preciso ter tranquilidade. Muito barulho me incomoda, mesmo que eu não esteja escrevendo nada.

S&E: Um livro para te conquistar precisa ter...?

Maud: Uma narrativa harmoniosa, objetiva, densa, sem tantos detalhes e descrições. Isso me cansa muito. Já li livros que usavam 2 páginas para descrever uma porta! Não consegui continuar. E precisa ter bons personagens. Detesto personagens perfeitos e em situações perfeitas.

S&E: Já pensou em lançar um livro com gênero diferente?

Maud: Sim. Tenho trabalhos mais dramáticos e de comédia também, mas não pretendo publicá-los. Não agora. Quem sabe não faço isso futuramente?

S&E: O que você falaria para um novo escritor, que está começando a criar sua obra agora? 

Maud: Tenha foco, perseverança e paciência. Não tenho tanta bagagem para dar conselhos, mas a carreira literária é difícil e merece dedicação e muita perseverança. Se for isso que você gosta e quer realmente para sua vida, não desista. Siga em frente, mesmo que digam a você que não vai conseguir. Nossos sonhos somos nós que tornamos realidade.



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